terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Cama prateada

Eu sempre pensei que era do tipo de pessoa  que não dava murro em ponta de faca! Cheguei até; por um tempo; me orgulhar em dizer isso, triste menina iludida. Hoje reavaliei tudo e percebi que minha vida tem se baseado sempre na lei das eternas tentativas. Esqueço o que passou, renomeio, me iludo e lá vamos nos de novo, tombar mais na frente.
Acho que minha vida pode ser comparada a uma cama de facas com pontas bem afiadas, local onde sempre tento ficar, ali no meio, em pé, tentando não me cortar, mas isso é impossível. 
Como não ser ferido no meio de navalhas? Impossível.... A cada movimento em falso ou tentativa desastrosa elas estarão lá, para você não esquecer que viver doí e fere. Talvez muitas pessoas tenham opinião contaria e adorem dizer versos feitos de cartões de presentes, se você é uma dessas, sorria que provavelmente você é daquelas pessoas que a vida é generosa ou simplesmente tem o bastante para não se inquietar perante o mundo, e como eu invejo isso!
Se concorda, então terei que te dizer: sabe por que as feridas não fecham, não cicatrizam? Porque a cada novo passo, sangra outra vez. Lá esta minha eterna esteira prateada e afiada, esperando somente o momento certo de entrar mais fundo na pele e reabrir tudo o que pensei que tivesse deixado para trás. Cicatrizes existem e nunca vão embora, e nunca irão. Por isso que cada um nasce com seu destino, sua sina, basta esperar; da melhor maneira que se pode; até o dia que não doa mais e tudo tenha acabado; enfim.

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