sábado, 3 de janeiro de 2015

Solidão - não me encaixo na multidão.


"A pior solidão é aquele que se está acompanhada", eu não sei aonde ouvi isso, mas é verdade. Desde que me lembro como pessoa sou alguém que degusta da solidão, não que isso fosse ruim! Eu até gostava de ir a festa, sair com amigos, mas nada me dava mais prazer que voltar para casa e estar sozinha. Alguns psicólogos já quiseram nomear isso, mas para mim sempre foi um momento de calmaria no meio do stress que sempre foi a minha tentativa de me achar, me encaixar em algo, alguém ou lugar.
Fazer amizades sempre foi algo difícil, nunca fui de ter um milhão de amigos morrendo de amores por mim (mas confesso que sempre foi minha vontade ser assim), sempre tive poucos e bons e que por algum tempo me fizeram acreditar que bastava, que eu não era sozinha realmente. E agora eu vejo: sim; sou sozinha e agora que aceitei essa minha condição acho até bom. Trouxe para minha vida uma paz grande, não crio expectativas e por isso mesmo não sou mais magoada.
Em relacionamentos a coisa sempre foi pior, sempre tive medo de me envolver e nunca acreditei que alguém gostaria de se envolver comigo. Até que um dia, encontrei um lápis de cor colorido e tudo ficou mais bonito. Essa talvez seja a única troca com pessoas fora do círculo familiar que ainda não me enfadou. Para mim, somente ele arrancou do meu peito a mesmice solitária. Ao seu lado sempre estou na melhor das companhias, na melhor das risadas, no pior dos problemas, talvez isso que me tenha visto como sempre estive sozinha nos caminhos percorridos até aqui.
Se vá durar para sempre? Eu não sei... tudo que a gente faz tem sempre metade de chances de dar certo ou errado, mas passar pela vida entendendo e sentindo uma relação dessa maneira já valeu a pena! E se no futuro eu tiver realmente sozinha, estarei contente e saber como foi a melhor das companhias. Enquanto isso refaço meus pedaços e torço por dias melhores e que eles me guiem daqui para frente....

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